Sentir um descontrole para comer determinados alimentos, realizar reais exageros alimentares, comer compulsivamente mesmo quando não tem fome. Esses podem ser sinais do transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP), o qual acomete tanto mulheres quanto homens em cerca de 2% da população geral. Quanto maior o grau de obesidade, maior a frequência deste transtorno, podendo atingir até 50% dos pacientes com obesidade mórbida.
"O transtorno é caracterizado pela ocorrência de episódios frequentes de grande ingestão de alimentos em tempo limitado, acompanhado por uma sensação de perda de controle sobre o que ou o quanto se come", afirma a psiquiatra Ana Clara Floresi. Para ser diagnosticado, esses episódios devem acontecer pelo menos uma vez por semana em um período de três meses e estarem associados a atitudes como: comer muito e rápido demais, ingerir excessos de comida mesmo quando não sente fome proporcional, sentir-se desconfortavelmente repleto devido ao exagero, comer sozinho por vergonha, culpa-se ou ficar deprimido após comer excessivamente.
De acordo com a psiquiatra, a procura por um especialista deve acontecer quando a comida deixou de ser um meio de se nutrir e sentir prazer e passou a ser algo com o qual o indivíduo se angustia por ingerir sem controle. Neste momento é importante procurar uma equipe multidisciplinar especializada, que inclua ao menos profissionais das áreas de Psiquiatria, Psicologia e Nutrição. A abordagem medicamentosa pode ser necessária e deve ser realizada por médico psiquiatra habilitado com objetivo de controlar a impulsividade alimentar presente neste transtorno.
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