As orelhas quando não estão bem posicionadas ou um pouco "avantajadas" são motivos de chacota. Dumbo, orelha de abano, Topo Gigio, fusca de porta aberta. Esses e muitos outros apelidos nascem na infância e causam danos emocionais que se arrastam pela vida toda. A prática chamada atualmente de bullying causa constrangimento, perda da autoestima e problemas de sociabilidade. A boa notícia é que a correção da famosa "orelha de abano", técnica conhecida como otoplastia, é mais simples do que se imagina.
Hereditária, a orelha de abano tem caráter congênito e já se apresenta desde o nascimento. Mas até os quatro meses de vida, o recém nascido recebe grande quantidade de hormônio materno, o que torna a cartilagem maleável, por isso muitas mamães ainda seguem receitas que são passadas de geração em geração, em que seria possível modelar a orelha do bebê com curativos, mas este procedimento não é correto. "A pele do nenê é muito sensível, usar fita crepe para corrigir a posição da orelha pode machucá-lo. Além do que a orelha de abano é composta por combinações de alterações que não podem ser corrigidas simplesmente prendendo a orelha para trás", alerda a cirurgiã plástica, Dra. Karina Gilio.
O assunto orelha é tão instigante que mitos e receitas milagrosas são criadas, tamanha é a curiosidade sobre o assunto. Um mito sobre o tema gira em torno do crescimento da orelha - não é verdadeiro afirmar que o órgão se desenvolve ao longo da vida. A orelha cresce até aproximadamente os quinze anos de idade e após este período, com o envelhecimento, o que acontece é o aumento devido à flacidez da pele e de partes moles e não por crescimento de cartilagem.
"Há estudos onde apontam que a partir dos 3 anos de idade, a orelha já atingiu 85% do seu crescimento, portanto, seria possível a realização da otoplastia, entretanto, é mais indicada a partir dos 5 anos de idade quando a própria criança pode referir o desejo de operar por conta do bullying", explica a Dra. Karina.
A plástica na orelha também é indicada em casos que com o atrito repetitivo podem deformar o órgão, como é o caso de atletas e lutadores, que podem apresentar deformação por contato, em que a orelha sofre alteração por conta de hematomas na cartilagem. Outra indicação para a otoplastia são em pessoas que usam brincos pesados ou alargadores, onde o furo da orelha é aumentado excessivamente rasgando o furo do lóbulo da orelha. "Isso acontece porque o lóbulo é formado por pele e partes moles, onde a correção acontece com um pequeno procedimento que pode ser realizado com anestesia local, a incisão é feita atrás da orelha e, após isso, é feita a modelagem da cartilagem com raspagem, finalizando com pontos internos", completa.
Para quem decide pela cirurgia plástica para corrigir a orelha, a otoplastia como qualquer outra cirurgia, exige cuidados pré e pós-operatórios como: exames pré-operatórios para avaliação pré-cirúrgica. No pós-operatório, o paciente usa curativos por aproximadamente 2 dias e após a retirada é obrigado o uso da faixa por 30 dias.
A otoplastia mudou a vida do meu irmão. Ele tinha as orelhas muito grandes e separadas. O divisor de águas na vida dele foi a cirurgia que ele fez na clínica Master Health em SP. As suas orelhas ficaram muito mais harmoniosas com o resto do rosto. Valeu a pena!
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